As primeiras unidades do Oculus Rift começaram a ser entregues nesta semana. E, como de costume em lançamentos de dispositivos eletrônicos, o site iFixit aproveitou o momento para desmontar uma unidade do novo aparelho e ver como ele é por dentro.

Em uma avaliação geral, o site considerou que a primeira versão comercial do Rift traz melhoras consideráveis com relação às duas versões para desenvolvedores já lançadas. Por outro lado, iFixit avaliou negativamente a dificuldade em se substituir o apoio para cabeça do aparelho. O vídeo abaixo mostra algumas das etapas do processo:

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Ferramentas simples

Um dos pontos positivos encontrados pelo site foi a facilidade de se desmontar o aparelho. Apesar de sua complexidade, o Rift pode ser aberto de maneira não-destrutiva usando apenas ferramentas simples, como chaves de fenda e Philips.

O conjunto formado pelas lentes, os displays e a placa-mãe do dispositivo, por sua vez, é um pouco mais complexo de se reparar. O melhor gerenciamento dos cabos no aparelho faz com que, de fora, ele pareça bastante compacto. Uma vez aberto, no entanto, o conjunto de cabos fica bastante bagunçado, o que dificulta a substituição desses componentes.

A placa-mãe do aparelho, por sua vez, inclui um conversor HDMI 4K para MIP Dual-DSI, um controlador USB 3.0, 64 Mb de memória flash serial, um sensor inercial de seis eixos e um controlador de audio USB, dentre outros componentes. Ela pode ser vista abaixo:

Reprodução

Lentes

Nas versões para desenvolvedores do Rift, as lentes e os displays vinham separados. Nessa, por ouro lado, elas formam um único conjunto. As versões anteriores traziam também uma única tela, enquanto essa traz uma para cada olho. 

As telas têm 90 milímetros de diagonal e uma densidade de píxels de 456 DPI – mais que o iPhone 6s Plus, que tem 401 DPI, mas menos que o Galaxy S7, que tem 576 DPI. As lentes, por sua vez, são lentes Fresnel, que substituem as lentes curvas usadas em modelos anteriores do Rift mas são ainda mais leves.

Reprodução

Conclusão

Numa pontuação de “reparabilidade” (que avalia o quão facilmente o dispostivo pode ser consertado caso uma de suas peças apresente algum defeito), o site deu ao Rift uma nota 7 de 10. A facilidade em se desmontar o aparelho foi o principal ponto positivo citado.

O CEO da Oculus, Palmer Luckey, também gostou de ver o “desmonte” do Rift, e chegou a tuitar para o site, dizendo “vocês conseguem ir mais longe que isso!”. O site, no entanto, respondeu que o objetivo é ser não-destrutivo (ou seja, abrir o aparelho de maneira que ele possa ser montado novamente depois), o que Luckey em seguida admitiu que seria difícil caso eles continuassem.