O celular roubado é uma praga dos tempos modernos, infelizmente. Essa é uma realidade do mundo inteiro diante da popularização do smartphone, mas em um país com problemas históricos de pobreza e criminalidade, o problema se agrava ainda mais.

Mas exatamente quão ruim é a situação? Um levantamento da Sinditelebrasil, o sindicato das empresas de telecomunicações brasileiras, ajuda a dar uma ideia, com base no número de IMEIs, códigos numéricos únicos associados a cada aparelho individual, incluídos no CEMI (Cadastro de Estações Móveis Impedidas). Os dados de fevereiro mostram quantos aparelhos foram remotamente bloqueados após serem roubados, furtados ou extraviados, tornando-se incapazes de se conectarem às redes móveis brasileiras.

Sem surpresas, o estado que registrou o maior número de bloqueios foi São Paulo, que tem a maior população brasileira, com 45,6 mil solicitações. Em seguida vêm Rio de Janeiro, com 18,8 mil pedidos, e Minas Gerais, com 7,9 mil pedidos.

Mais interessante, no entanto, é observar esses números em comparação com o tamanho da população de cada estado. O Olhar Digital comparou o número de aparelhos adicionados ao CEMI com o número de habitantes de cada estado segundo estatística do IBGE do ano passado.

Desta forma, o Rio de Janeiro tomou a liderança nacional em celulares bloqueados, com 11,25 aparelhos afetados para cada 10 mil habitantes ao longo de fevereiro. Em seguida vem São Paulo, 10,11 casos, e o Distrito Federal, com aproximadamente 10 casos para cada 10 mil habitantes durante o mês passado.

Veja na tabela abaixo o número absoluto de casos de aparelhos bloqueados e a proporção diante do número de habitantes de cada unidade da federação:

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