No ano passado, o WhatsApp anunciou que passaria a contar com a criptografia de ponta a ponta, o que significava que ninguém, nem mesmo a empresa, poderia acessar as mensagens dos usuários. Mas como o aplicativo faria para detectar spam na plataforma sem ler o conteúdo das mensagens?
A empresa tem usado um método baseado nas indicações de que um usuário possa estar enviando spam, incluindo o seu comportamento no app. É possível saber, por exemplo, a quantidade mensagens que ele envia por minuto, além de detalhes como o número do prefixo de telefone e a nacionalidade da rede utilizada.
“O WhatsApp examina dados relacionados ao provedor de serviços de internet (ISP), o número de telefone e a rede telefônica que está sendo usada e compara isso aos relatórios de spam anteriores. Se os dados do ISP ou o prefixo do telefone tiverem sido anteriormente associados a spammers, é provável que as mensagens associadas a esses dados sejam spam. O WhatsApp também observará se, por exemplo, um telefone com um código canadense se conecta através de uma rede celular na Tailândia e avaliará a probabilidade de que o usuário seja um spammer ou um viajante em férias”, explica Matt Jones, engenheiro do WhatsApp.
Quando o usuário é relatado como “spammer”, ele fica bloqueado na plataforma e pode recorrer da decisão. Segundo a empresa, o método tem sido eficaz em 75% do tempo.
Via TechCrunch