Uma das principais críticas ao Facebook é a de que a rede social, por seu algoritmo que exibe aos usuários mais conteúdo que seja de seu interesse, acaba criando uma “bolha ideológica”, prendendo as pessoas em suas próprias crenças, deixando de fora opiniões divergentes. Mas Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, afirmou que não acha que isso aconteça realmente.

Na última quarta-feira, 27, durante o anúncio dos resultados do trimestre da companhia, o executivo foi questionado sobre esa teoria.

“Temos estudado esse efeito e publicamos os resultados de nossa pesquisa. Eles mostram que o Facebook e as redes sociais são, em geral, as mais diversas formas de mídia. Basicamente, a maneira de pensar sobre isso é que, mesmo que um monte de amigos tenham as mesmas crenças políticas ou religiosas, se você conhece centenas de pessoas, há uma boa chance de que talvez, mesmo uma pequena porcentagem, talvez 5% ou 10% ou 15% deles, tenha diferentes pontos de vista, o que significa que suas perspectivas serão exibidas em seu feed de notícias”, explica Zuckerberg.

O CEO completa afirmando que mesmo em veículos de mídia tradicionais, se as pessoas que escolhem um jornal ou um canal de TV basearem seus pontos de vista 100% no que é dito, elas serão expostas a menos diversidade de pontos de vista do que nas redes sociais.

Controvérsias

Nem todo mundo concorda com o argumento de Zuckerberg. Para Zeynep Tufekci, especialista na área, a amostra da pesquisa não é confiável. “O estudo foi realizado em um pequeno subconjunto, distorcido de usuários do Facebook. Ele ainda é interessante, e importante, mas não é um estudo que pode generalizar os usuários”, declara.

Os usuários não são totalmente inocentes nesta questão. Se não procurarem outros pontos de vista, não é surpresa que eles não o receberão. Ao mesmo  tempo, é óbvio que os algoritmos do Facebook, treinados para mostrar às pessoas o conteúdo que mais os engaja – vão agradar aos usuários.

Via BusinessInsider