Reportada pela primeira vez na semana passada, a possível fusão entre as fabricantes de chips Broadcom e Qualcomm não é mais apenas um rumor. A primeira oficializou nesta segunda-feira, 6, sua oferta pela rival, oferecendo nada menos do que US$ 130 bilhões.
Se o negócio for concluído por esse mesmo valor, será a maior aquisição da história do mercado da tecnologia, superando os US$ 67 bilhões pagos pela Dell na compra da EMC em 2015. A Broadcom ofereceu US$ 70 por ação da Qualcomm e ainda se ofereceu para pagar uma dívida de US$ 25 bilhões, levando o total da transação a US$ 130 bilhões.
As duas empresas se firmaram no mercado como fabricantes de chips para os mais diversos usos, inclusive para smartphones. A Broadcom é quem produz os componentes de Bluetooth e Wi-Fi de diversos celulares. Já a Qualcomm é famosa pelos processadores Snapdragon, usados nos principais aparelhos Android do mundo.
Entretanto, a Qualcomm vive um momento delicado. Desde janeiro está presa a uma extensa batalha judicial contra a Apple, que se recusa a pagar royalties por componentes fornecidos pela fabricante. Por conta disso, a Qualcomm viu seu lucro cair quase 90% no último trimestre. Hoje, a empresa é avaliada em US$ 91 bilhões.
Já a Broadcom é avaliada em US$ 112 bilhões e está num bom momento no mercado. A seu favor, a empresa lembra que o valor das ações da rival cresceu 19% após o início das especulações sobre uma possível fusão. Além de se tornar a maior aquisição da história da tecnologia, o negócio também criaria a terceira maior fabricante de chips do mundo, atrás da Samsung e da Intel, quase um monopólio sobre o mercado de smartphones.