A função de herdar a conta do Facebook de um parente ou amigo falecido deverá ser algo bem comum nos próximos anos. Segundo um levantamento, em 2098 o número de usuários mortos contidos na rede social irá ultrapassar o de vivos – isso, claro, se a plataforma durar até lá.

A estimativa é feita por Hachem Sadikki, candidato PhD em estatística na Universidade de Massachusetts, que analisou as taxas de crescimento do Facebook, de crescimento populacional e taxa de mortalidade estimada pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Ele alega que em alguns anos a rede social, que hoje conta com 1,5 bilhão de usuários, deve atingir um ponto de estagnação.

Segundo a empresa de planejamento online Beyond Digital, só este ano, 970 mil usuários do Facebook vão morrer em todo o mundo.

O cálculo, feito a pedido do site Fusion, não é exato, já que não se sabe se a empresa irá manter sua política de não apagar automaticamente contas de falecidos ou se as próprias pessoas vão apagar seus perfis antes de morrer. Além disso, o levantamento foi feito extrapolando as taxas médias de natalidade e mortalidade dos Estados Unidos para o resto do mundo.

Também é preciso considerar que muitas pessoas não têm acesso a internet. No Brasil, por exemplo, 50% dos domicílios estão conectados, de acordo com dados da pesquisa TIC Domicílios 2014, realizada pelo Cetic.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação). Além disso, o próprio Facebook tem um projeto de levar internet para tudo mundo; isso talvez impeça a rede de se tornar um grande cemitério virtual.