Apesar de muita gente achar que o ato de deixar o trabalho para depois é prejudicial, alguns pesquisadores defendem que a procrastinação é uma ferramenta poderosa usada por alguns dos cérebros mais inovadores que já existiram, incluindo Steve Jobs.

“O tempo que Steve Jobs passou pensando sobre as possibilidades e procrastinando foi um tempo bem gasto, já que permitiu que ideias inovadoras viessem à tona, ao contrário do que é mais comum e convencional, o mais óbvio, o mais familiar”, explica Adam Grant, professor da Wharton School, escola de negócios da Universidade da Pensilvânia.

O professor explica que, historicamente, há duas maneiras de tratar a procrastinação: um vício, algo ruim, quando se leva em conta a produtividade, mas uma virtude, algo bom, quando o foco é a criatividade.
No Egito Antigo, as pessoas definiam o ato de procrastinar como “esperar o momento certo”. A ideia foi abraçada por muitos inventores e pensadores, incluindo o fundador da Apple.

Ciência
Mas o que a ciência tem a dizer sobre o tema? De acordo com uma pesquisa realizada pelo psicólogo russo Bluma Zeigarnik, uma vez que uma pessoa termina uma tarefa, ela para de pensar nela. Mas quando uma pessoa a interrompe, ela permanece ativa na mente. Sendo assim, procrastinar estrategicamente significa parar qualquer tarefa criativa que estamos fazendo, antes de ela estar completa, para permitir que as idéias mais criativas apareçam.

“Fazendo um progresso gradual e refinando diferentes possibilidades”, descreve Grant em seu livro. “Não estou dizendo que as pessoas devem parar sempre o que estão fazendo, porque aí nada será feito. Mas há muitas maneiras de incentivar as pessoas a reavaliar seu trabalho e encontrar novas direções”, afirma.

Via BusinessInsider