O Facebook divulgou nesta quinta-feira, 3, mais uma edição do seu relatório de diversidade e representatividade. Pela primeira vez desde 2014, o quadro de pessoas negras trabalhando na sede da empresa nos EUA viu um aumento: de 2% no ano passado para 3% neste ano.
Ainda é pouco se considerarmos que, segundo o relatório, 49% dos funcionários da sede nos EUA são brancos, enquanto outros 40% são asiáticos e 5% são hispânicos. Por outro lado, é a primeira vez que o total de profissionais brancos fica abaixo dos 50%.
A companhia não divulgou informações sobre representatividade étnica no mundo todo, mas apenas em sua sede nos EUA. Em termos globais, só o que o Facebook divulgou foi a divisão entre homens e mulheres. No mundo inteiro, 65% dos seus funcionários são homens, e 35% são mulheres.
A diferença continua nítida, mas também houve uma mudança positiva neste gráfico, já que, no ano passado, mulheres formavam apenas 33% do quadro global de funcionários. Até mesmo em cargos de liderança houve aumento: 28% são ocupados por mulheres, contra os 27% do ano passado.
Segundo Maxine Williams, gerente global de diversidade e inclusão do Facebook, porém, esses números ainda estão longe do ideal. “Eu quero excelência, e excelência significa: o máximo possível [de representatividade]. Eu quero ultrapassar a disponibilidade do mercado por minorias subrepresentadas”, disse a executiva em entrevista ao site TechCrunch.
Vale lembrar que os problemas do Facebook com diversidade são apenas um reflexo de toda a indústria da tecnologia, em que homens e pessoas brancas são maioria há anos. Contudo, o histórico da empresa de Mark Zuckerberg com este tema não é muito favorável a ele.
Um estudo independente realizado em maio chegou a mostrar que códigos escritos por mulheres tinham mais chances de serem rejeitados no departamento de engenharia do que os códigos feitos por homens. Além disso, em junho, os acionistas da empresa rejeitaram a ideia de divulgar um relatório sobre igualdade de pagamentos entre homens e mulheres.