(Atualizado em 7 de agosto com o posicionamento oficial do Facebook)
O Facebook está negociando com alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos para ter acesso aos dados que estas empresas guardam a respeito de seus clientes. É o que diz uma reportagem publicada nesta segunda-feira, 6, pelo The Wall Street Journal.
A matéria assinada por Emily Glazer, Deepa Seetharaman e AnnaMaria Andriotis cita como fonte pessoas envolvidas nas negociações que não quiseram ter as identidades reveladas. As conversas entre Facebook e bancos já dura um ano.
Segundo estas pessoas, o Facebook estaria negociando com JPMorgan, Wells Fargo, Citigroup e Bancorp, algumas das maiores instituições financeiras dos EUA. As empresas ainda estão discutindo o que o Facebook tem a oferecer em troca dos dados.
O conglomerado de Mark Zuckerberg teria interesse em informações sobre hábitos de compras e sobre os locais em que os clientes dos bancos usam seus cartões de crédito. O objetivo seria o de fornecer recursos financeiros na rede social.
Por exemplo, uma fonte diz que o Facebook estuda a possibilidade de permitir que usuários verifiquem seu saldo ou extrato diretamente pelo app da rede social ou pelo Messenger. Mas os bancos ainda estão desconfiados, diz o WSJ.
Uma das instituições envolvidas desistiu da negociação por preocupações relacionadas a privacidade. A sequência de escândalos envolvendo vazamentos de dados do Facebook deixou a credibilidade da empresa arranhada diante dos banqueiros.
O Facebook, porém, não confirma as negociações. “Como muitas empresas online, conversamos rotineiramente com instituições financeiras sobre como podemos melhorar as experiências comerciais das pessoas”, disse um porta-voz ao WSJ.
Em nota encaminhada ao Olhar Digital, a empresa diz o seguinte:
“Uma matéria recente do Wall Street Journal incorretamente sugere que o Facebook está solicitando dados de transações financeiras às empresas de serviços financeiros – e isso não é verdade. Como muitas empresas online com e-commerce, nós nos associamos a bancos e empresas de cartão de crédito para oferecer serviços como chat para suporte de clientes ou gerenciamento de contas. A ideia é que conversar por mensagem com o banco pode ser melhor do que ficar na espera pelo telefone – e isso é completamente opt-in, ou seja, a pessoa precisa indicar se quiser usar esse serviço. Não usamos essas informações por outros motivos além da criação dessas experiências – não usamos para publicidade ou qualquer outra coisa. Uma parte essencial dessas parcerias é manter as informações das pessoas seguras e protegidas.”