De acordo com uma matéria do New York Times, Mark Zuckerberg acredita que o Facebook ainda está longe de ter o tamanho ideia. O CEO da rede social, que atualmente conta com 1,6 bilhões de inscritos informou que ainda pretende fazer com que ela triplique de tamanho.

Trata-se, sem dúvida, de uma meta ambiciosa. No entanto, o que mais impressiona não é o número de pessoas que Zuckerberg pretende trazer para sua plataforma, mas as mudanças na estrutura de telecomunicações do mundo que terão de acontecer para que essa meta se concretize. Isso porque boa parte das pessoas que o Facebook pretende atingir têm condições limitadas de conexão à internet.

Segundo o Times, a empresa pretende baratear em até 90% o custo de planos de internet, de maneira a levar conectividade a mais pessoas. Para isso, ela estaria testando, por exemplo, um sistema de redes sem fio que consegue enviar cerca de um gigabit de dados por segundo, além de uma série de outros planos para ampliar o acesso à internet.

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Revolução open-source

Um dos aspectos mais notáveis dessas novidades, no entanto, é a incorporação de tecnologias de código aberto nas experiências do Facebook para ampliar o acesso à rede. Essa estratégia de desenvolvimento, além de acelerar e facilitar a criação de novos programas e dispositivos, também traria profundas mudanças ao mercado de tecnologia.

O uso de desenvolvimento em código aberto é uma das maneiras por meio das quais o Facebook reduz os seus custos com tecnologia. Isso porque soluções de código aberto são muito mais baratas e adaptáveis do que produtos de software fechados e patenteados.

A adoção de estratégias desse tipo é um risco para muitas empresas que têm produtos de software como sua principal fonte de renda. O Times cita o exemplo da Sun Microsystems, que chegou a ser avaliada em US$ 110 bilhões no ano 2000, mas foi vendida por US$ 7,4 bilhões na década seguinte. O motivo dessa queda foi a popularização do código aberto do Linux, que atualmente roda muitos dos servidores do Facebook.

Por outro lado, a popularização das tecnologias de código aberto é benéfica, pois qualquer pessoa pode usar e adaptar as soluções desenvolvidas dessa maneira. O próprio Facebook, por exemplo, já liberou em código aberto o design dos racks em que seus servidores operam. Além de permitir que outros usuários estudem esse design e melhorem-no, essa atitude também possibilita que o design seja usado por qualquer empresa que se interesse pela tecnologia.