Ontem, a Apple anunciou os iPhones 7 e 7 Plus, seus novos smartphones, com preços ligeiramente menores que o esperado: o modelo mais básico deles, o iPhone 7 com 32GB de memória, sai por US$ 650, o mesmo preço do iPhone 6s mais básico. Para os moradores do Reino Unido, no entanto, todos os iPhones acabaram de ficar mais caros.

Isso porque o recente voto da região para sair da União Europeia, além de preocupar os cientistas, também provocou uma redução drástica no valor da libra. Conforme pode ser visto no gráfico abaixo, a moeda se desvalorizou expressivamente após o referendo de 23 de junho, chegando ao seu valor mais baixo dos últimos 30 anos segundo o The Next Web:

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Para compensar essa desvalorização da moeda local, o iPhone ficou mais caro na região da libra. Enquanto o modelo mais básico do iPhone 6s custava £539 por lá, o iPhone 7 mais barato sai por £599 – um aumento de £60 (cerca de R$ 254). O iPhone 7 Plus, por sua vez, sai por no mínimo £719, um aumento de £100 (R$420) com relação ao iPhone 6s Plus mais barato, que custava £619.

Flutuação cambial, encarecimento geral

Não foram só os iPhones que ficaram mais caros na região. O Apple Pencil, que custava £79, subiu para £99, e a Sports Band do Apple Watch foi de £39 para £49. Mais chocante ainda é o caso do iPado Pro: o dispositivo teve redução de até US$ 100 em seu preço nos EUA, mas no Reino Unido o modelo de 32GB e 9,7 polegadas subiu de £499 para £549, e o de 12,9 polegadas foi de £679 para £729.

Medidas de ajustes de preço da Apple por conta de flutuações cambiais não são raras, e podem até ser boas para os consumidores, segundo o The Verge. No Japão, por exemplo, o iPhone 6s foi lançado com um valor base de ¥86.800, mas o iPhone 7 foi “barateado” para ¥72.800, uma redução de ¥14.000 (ou cerca de R$ 437).

Vale lembrar, também, que esse na verdade é o efeito menos drástico da decisão política do Reino Unido de sair da União Europeia. Essa medida também fez com que a avaliação de crédito da região piorasse e provocou uma onda de violência racista.