A empresa japonesa de serviços de bitcoin Coincheck anunciou hoje o Coincheck Denki, um recurso por meio do qual seus usuários poderão pagar suas contas de luz usando bitcoin. Essa forma de pagamento ainda dará descontos de até 6% nas contas para usuários mais assíduos.
O serviço, que deve estar disponível a partir de novembro, é fruto de uma parceria entre a Coincheck e a Marubeni Power Retail Corporation, empresa que opera uma série de usinas de eletricidade em 17 locais no Japão central. Esse será o primeiro recurso do tipo disponível no Japão; no país, contudo, regulamentação que visa reconhecer o Bitcoin como “dinheiro real” já está avançando.
Contas de utilidades
Pagar contas de energia com bitcoin, de acordo com a Coincheck, é apenas o primeiro passo. De acordo com o The Next Web, a empresa pretende construir outras parcerias que permitirão que usuários de sua carteira de bitcoins paguem também suas contas de gás, de água e até mesmo de internet móvel.
Segundo o Bitcoin.com, o pagamentos de contas de utilidades por meio de bitcoins é um dos principais objetivos da moeda virtual. Antes dessa parceria, alguns usuários da moeda já conseguiam utilizá-las para pagar contas; no entanto, esse processo exigia algum tipo de ferramenta externa, e não podia ser feito diretamente entre o usuário e a empresa.
Dinheiro virtual
Bitcoins são moedas virtuais cujo valor pode variar drasticamente de um dia para o outro. Por esse motivo, elas costumam ser usadas também como instrumento especulativo: investidores buscando maiores recompensas compram e vendem a moeda a fim de gerar lucros rápidos.
Um usuário ganha bitcoins por meio de transações ou ao usar máquinas para processar as transações do sistema. Embora teoricamente qualque usuário com um computador potente possa usá-lo para gerar bitcoins, algumas pessoas ou empresas investem em estruturas massivas – as chamadas “minas de bitcoin” – para esse fim.
Sendo uma moeda virtual e sem nenhum vículo com qualquer banco central, o bitcoin gera alguma controvérsia. No entanto, o seu status como “dinheiro real” vem sendo reconhecido nos últimos tempos. Mais recetemente, uma decisão judicial nos EUA abriu precedente para esse tipo de reconhecimento.