Um estudo da consultoria IDC revelou que entre janeiro e março deste ano o setor brasileiro de PCs viu o primeiro crescimento no número de unidades vendidas desde 2012. Neste período, foi vendido um total de 1,1 milhão de computadores, 5% a mais que no mesmo período em 2016.

Ao todo, 701 mil notebooks e 405 mil desktops foram vendidos durante os três primeiros meses do ano. 65% desses aparelhos foram vendidos a consumidores finais; os outros 35% (340 mil PCs), por sua vez, foram para o setor corporativo (para uso em empresas e negócios).

Baixou, vendeu

Esse crescimento, de acordo com a IDC, tem uma explicação bem óbvia: o preço caiu. Nos três primeiros meses de 2016, o preço médio pago pelos brasileiros em um computador era R$ 2.750. No mesmo período de 2017, por sua vez, esse valor caiu mais de R$ 600, para R$ 2.141. Segundo Pedro Hagge, analista de pesquisa do IDC, “o consumidor brasileiro é muito sensível a preço e a queda de mais de R$ 600 nos computadores foi um ponto decisivo para que o mercado voltasse a crescer”.

Trata-se, por enquanto, de um crescimento modesto, mas mesmo assim Hagge vê nele um sinal positivo. “[O crescimento] demonstra que o mercado brasileiro está se estabilizando. A melhora aconteceu devido ao fim da oscilação do dólar, às promoções realizadas pelos varejistas para incentivar a compra e ao aumento da confiança do setor corporativo para investir”, disse.

Para o ano de 2017 como um todo, a IDC prevê uma venda total de 4,5 milhões de computadores, sendo 2,9 milhões de notebooks e 1,6 milhão de desktops, e receita total de R$ 9,6 bilhões. Esses números resultariam num aumento sutil de 1,2% com relação ao ano anterior. Hagge, no entanto, considera que, “num mercado maduro como o de PCs, um crescimento, mesmo que pequeno, é muito importante”.