O Spotify divulgou recentemente os seus dados financeiros referentes aos últimos três meses, trazendo alguns números bastante positivos. A empresa informou que bateu o número de 140 milhões de usuários, e sua receita ao longo do último ano cresceu cerca de 50% com relação ao ano anterior, e chegou a US$ 3,3 bilhões.
Dos 140 milhões de usuários, pouco mais de 50 milhões são assinantes do serviço premium – a empresa anunciou esse número no começo de março, e não atualizou-o agora, o que significa que ele não deve ter mudado consideravelmente. Os outros cerca de 90 milhões de usuários, portanto, utilizam o serviço gratuito da plataforma de streaming.
Mas boa parte do dinheiro que a empresa levantou no último ano já está comprometido: no mesmo documento, ela afirma que já investiu US$ 2 bilhões em acordos com gravadoras. De acordo com fontes ouvidas pelo Recode, esse dinheiro seria referente a dois acordos com o Universal Music Group. E é provável que quando a empresa renovar contrato com os grupos de música da Sony e da Warner, ainda mais investimento seja necessário.
Negociando com as gravadoras
Apesar dos montantes astronômicos que o Spotify paga aos detentores dos direitos de monopólio das músicas, o serviço ainda tem uma relativa vantagem de negociação graças ao seu grande número de assinante. A Apple, por exemplo, anunciou recentemente que o Apple Music tinha chegado a 27 milhões de usuários pagantes (que já usaram os três meses grátis que a empresa oferece e continuaram a pagar).
Esses pagamentos, segundo o TechCrunch, são um investimento crucial: eles garantem que as gravadoras continuarão a disponibilizar as músicas dos artistas que monopolizam na plataforma. As gravadoras exigêm esse montante como adiantamento, além da receita por música tocada que elas também ganham. E não há nenhuma garantia que essas quantias (o adiantamento ou a receita por música) chegue aos artistas.