A Uber pode ter recuado no investimento em veículos autônomos, um dos principais nortes da companhia nos últimos anos. Fontes relatam que a divisão UberATG, responsável pelo desenvolvimento de pesquisas na área, está em negociação de venda para a Aurora, uma concorrente iniciante no mercado.

Há mais de um ano, em julho de 2019, a divisão de veículos autônomos da Uber teve um valor de mercado avaliado em US$ 7 bilhões. Ela, no entanto, não conseguiu resultados marcantes em sua trajetória pelo mercado de mobilidade.

publicidade

Pelo contrário, os resultados de testes autônomos conduzidos pela empresa resultou em litígios envolvendo a companhia. O mais marcante deles foi a morte de Elaine Herzberg, em um acidente envolvendo um veículo autônomo, no Arizona, em 2018. A Uber foi julgada culpada no caso, e o evento desacelerou as pesquisas da empresa.

Reprodução

publicidade

Com carros autônomos, Uber planeja mudar estruturalmente seu modelo de negócios. Foto: Worawee Meepian/Shutterstock

Além disso, o fator econômico pode pesar na decisão final de vender a divisão ATG. Isto se dá pelo fato deste segmento da empresa ter registrado um prejuízo de US$ 303 milhões em nove meses, encerrados em setembro, como mostra o balanço econômico da Uber. Dada a queda nos rendimentos do aplicativo, devido à pandemia do novo coronavírus, a redução de custos seria também compreensível.

publicidade

A Aurora, possível interessada na compra da UberATG, foi fundada pelo engenheiro Chris Urmson em 2017. Ele decidiu investir em sua própria startup após chefiar a divisão de veículos autônomos do Google. Sua empresa, que é avaliada em US$ 2,5 bilhões, possui foco principal em caminhões autônomos, e já vem conduzindo testes de rua no Texas.

A pesquisa e o desenvolvimento de carros autônomos é um segmento do mercado de mobilidade urbana que vem sendo explorado por diversas empresas. A Uber desejava implementar a tecnologia em seu serviço principal. Outras empresas, incluindo montadoras, vêm desenvolvendo soluções de direção autônomas. Elas alegam que a tecnologia poderá reduzir drasticamente problemas de trânsito, como congestionamentos e acidentes.

publicidade

Fonte: The Verge