As gigantes da tecnologia garantem que suas assistentes virtuais, como Siri, Alexa e o Google Now, podem facilitar nossas vidas, ajudando a controlar compromissos, enviar e-mails, verificar a previsão do tempo e por aí vai. Mas, como qualquer serviço disponível para os usuários, as empresas procuram uma maneira de ganhar dinheiro.

As companhias não dizem exatamente como as assistentes podem impulsionar os lucros, mas confirmam que elas têm um grande potencial para abrir novas linhas de receita. Talvez o fator mais importante para conseguir dinheiro com essa tecnologia é a quantidade de dados que os assistentes conseguem captar sobre os usuários.

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O professor de Marketing de Stanford, Sridhar Narayanan, afirma que é possível conseguir um perfil mais detalhado dos clientes. “As empresas já têm um monte de informações sobre a gente e esta é uma nova fonte de conseguir mais”, explica.

As atuais assistentes virtuais apareceram em 2011, quando a Apple lançou a Siri. Desde então, a tecnologia tem evoluído, principalmente, quando se trata de reconhecimento de voz e o software de processamento de linguagem.

No final de 2014, a Amazon apresentou a Alexa, que permite escutar músicas, organizar o que já foi comprado na loja virtual da empresa e conectar-se a serviços de terceiros, como o Uber. Já o Google quer, além do Google Now nos aparelhos Android, lançar o Home. Espera-se que a Apple também siga essa linha de criar um dispositivo para auxiliar nos afazeres domésticos.

Um assistente virtual útil e popular poderia ajudar uma empresa diretamente com a venda de dispositivos. Mas, com tantos produtos de grandes empresas de tecnologia disponíveis, os dados adquiridos por assistentes virtuais poderiam ser ainda mais lucrativos.

Por exemplo, se hoje o Google consegue determinar o tipo de publicidade que um usuário irá receber de acordo com as buscas que ele faz; no futuro, ele poderia incluir mensagens pagas entre a lista de produtos ou serviços recomendados mostrados no telefone de uma pessoa depois que ele pedir ajuda ao assistente.

No entanto, isso deve demorar ainda alguns anos para acontecer. “Neste momento, estes são produtos complementares que aumentam a relação já existente que o consumidor tem”, afirma Steven Tadelis, professor da Universidade da Califórnia. “Eu não ficaria surpreso se daqui dois ou três anos eles encontrem formas de rentabilizar o serviço”.

Para isso, é preciso que as assistentes virtuais consigam uma base leal de usuários. Ainda não está claro se as pessoas acham o Google Home e a Alexa úteis o suficiente para envolve-los em uma gama de tarefas; e a Siri muitas vezes é usada apenas em algumas funções, como fazer ligações.

Via MIT Technology Review