A Apple passou dois meses teimando com o FBI que não iria desbloquear o iPhone do terrorista de San Bernardino, até que o governo norte-americano conseguiu sozinho acessar os dados do dispositivo. Agora, a empresa recebeu o pedido de um pai que quer desbloquear o smartphone do filho que faleceu.
O italiano Leonardo Fabbretti perdeu seu filho adotivo Dama para um câncer em setembro de 2015. O garoto de 13 anos passou os últimos meses de vida com o celular registrando os momentos com a família e o pai enviou um e-mail para Tim Cook pedindo a ajuda da empresa para recuperar as fotos. “Não me negue as memórias do meu filho”, escreveu.
“Eu tinha dado ao meu filho um iPhone 6 quase nove meses antes de sua morte, que ele o usou o tempo todo. Ele queria que eu tivesse acesso, acrescentou a minha digital no desbloqueio “, disse o Fabbretti. “Infelizmente, ele não funciona quando o telefone é desligado e ligado novamente”. O iPhone pede a senha numérica quando é reiniciado.
“Eu não posso desistir. Perdi meu Dama, vou lutar para ter os dois últimos meses de fotos, pensamentos e palavras que são mantidos reféns em seu telefone “, escreveu na mensagem enviada no dia 21 de março e que ainda não foi respondida.
Fabbretti entrou em contato primeiramente com as unidades da Apple na Europa, mas foi informado pela equipe técnica que era incapaz de abrir o telefone bloqueado. “Embora eu compartilhe de sua filosofia em geral, eu acho que a Apple deve oferecer soluções para casos excepcionais, como o meu”, disse.
Ele afirma que entrou em contato com a Cellebrite, a empresa forense móvel israelense que supostamente ajudou o FBI a quebrar o iPhone do caso de San Bernardio, que acabou se oferecendo a desbloquear o telefone de seu filho de forma gratuita.
Via News