Uma análise publicada hoje pela empresa de pesquisa de mercado Gartner sugere que os gastos com cibersegurança em 2017 devem chegar a US$ 86,4 bilhões (R$ 273,6 bilhões). Esse número representa um aumento de 7% em relação ao total gasto no setor em 2016.
De acordo com Si Deshpande, um dos analistas da empresa, o principal motivador desse crescimento não é, necessariamente, um aumento do número da ameaças, mas um aumento da informação sobre elas. “Uma crescente consciência entre os CEOs e os conselhos diretores sobre o impacto de incidentes de segurança nos negócios (…) [levou] a gastos crescentes em produtos e serviços de segurança”, disse.
O analista citou também uma evolução no ambiente regulatório como motivo para o aumento dos gastos. Isso significa, de modo geral, que regulações mais rígidas quanto à segurança da informação estão levando empresas e organizações a investir mais nesse ramo para se adequar às regras. No entanto, ele ressalta que “melhorar a segurança não é só questão de gastar com novas tecnologias”. E continua: “Como os incidentes recentes de segurança global mostraram, fazer a parte básica bem feita nunca foi tão importante”.
E só aumenta
Para 2018, a previsão é que o investimento nesse mercado continue a crescer. A Gartner estima que, nesse ano, um total de US$ 93 bilhões (R$ 294,7 bilhões) será investido no setor, representando um aumento de 7,6% com relação ao previsto para 2017.
Segundo a empresa, o principal crescimento deve vir do setor de mercado de testes de segurança, por conta de uma demanda crescente de serviços desse tipo como parte dos ciclos de DevOps (os ciclos que envolvem desenvolver, testar, lançar e atualizar um app, por exemplo). Esse ramo deve seguir em ritmo forte de crescimento até 2021.
Mas o setor de crescimento mais rápido deve ser o de serviços de segurança (como, por exemplo, produtos de antivírus e contratação de empresas de consultoria e implementação de segurança da informação). Serviços de suporte a hardware, no entanto, devem crescer de maneira mais lenta, graças em parte à tendência mercadológica de virtualização e de uso de aplicações na nuvem.