Ao longo dos anos, a Apple dificultou a instalação de softwares modificados em seus dispositivos. Porém, ao que parece, a situação está prestes a mudar. Isso porque no sábado (23), um grupo de hackers chamado “Unc0ver” lançou uma ferramenta de jailbreak que funciona do iOS 11 até a última versão do sistema, lançada semana passada, conhecida como iOS 13.5.

De acordo com o grupo, o jailbreak pode ser instalado usando as plataformas AltStore e Cydia e tem como principais atrativos a possibilidade de não afetar o uso dos serviços Apple – iMessage, iCloud e Apple Pay, por exemplo – e nem consumir a vida de bateria do aparelho.

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Desenvolvida a partir de uma vulnerabilidade de dia zero presente na nova versão do sistema operacional, o grupo garante que a modificação apenas “adiciona exceções às regras existentes”, e que os usuários podem ficar tranquilos que ele “lê arquivos e partes do sistema que não contém dados sensíveis”.

As primeiras reações do público sobre o jailbreak, inclusive de pesquisadores que o testaram antes do lançamento, indicam que o sistema funciona como esperado. No entanto, ainda não foi possível analisá-lo totalmente devido ao tempo que está disponível. Além disso, por se tratar de uma mudança que não é de código aberto, pode ser que o processo de verificação seja um pouco mais demorado.

Sistema menos restritivo

Reprodução

Jailbreak permite instalação de apps que o sistema oficial poderia restringir. Foto: PxHere

Basicamente, o jailbreak oferece ao usuário mais controle sobre o sistema operacional de um dispositivo, permitindo a personalização e instalação de aplicativos que a Apple normalmente restringiria.

Apesar disso, as alterações de sistema podem ser usadas por possíveis invasores para comprometer a segurança de um aparelho, uma vez que muitas portas são abertas, o que pode permitir a instalação de malwares, por exemplo. Por esse motivo, a utilização desse tipo de modificação deve ser feita apenas por pessoas que entendam completamente os riscos e mesmo assim necessitem de um sistema mais livre no smartphone.

Via: The Verge