A 6º edição do Relatório da Segurança Digital no Brasil, produzido pelo dfndr lab – laboratório especializado em segurança digital da PSafe – estimou que 46% dos usuários de Android no Brasil receberam, acessaram ou compartilharam links maliciosos em 2018. Isso significa 60,4 milhões de alvos ou vítimas de ataques onlines no país, sendo que, no total, foram detectados 31 ataques para cada usuário no período. A análise foi feita a partir de uma amostra de um milhão de adeptos do sistema Android no país no último ano.
De acordo com o relatório, a estratégia mais utilizada para disseminar os links maliciosos em 2018 foi o phishing por meio de messengers. O método utiliza mensagens falsas para obter informações pessoais e foi identificado em 49,6% (29,9 milhões de brasileiros) dos casos encontrados pelo estudo da PSafe. Em relatórios anteriores, o phishing também liderou.
A principal plataforma de disseminação de ataques foi o WhatsApp, mostrou a pesquisa. No último ano, o app representou 64,1% do total de detecções registradas pelo dfndr lab. Golpes via páginas de navegadores da web ocuparam a segunda posição, com 29,4%, seguidos pelo SMS, com 5,6%.
Entre os três ataques online mais populares no período, dois usavam temas de conteúdo adulto. O jeito mais usado pelos golpistas foram convites para participar de um site pornográfico de encontros, o que gerou 14,2 milhões de acessos e compartilhamentos dessa página falsa.
Na segunda posição, estava o download de um papel parede de futebol para o WhatsApp. As pessoas acessaram e compartilharam 13,4 milhões o link malicioso, que incentivava o envio de mensagens falsas para dez contatos. ALém disso, era solicitado pagamento por uma assinatura de acesso ao falso benefício. O terceiro golpe mais comum foram convite para grupos eróticos no mesmo aplicativo, que alcançou 4,2 milhões de alvos. Os links induziam o usuário a fornecer dados pessoais, realizar pagamentos para serviços fraudulentos e conceder permissões de envio de notificações.
“Percebemos um aumento significativo de golpes que utilizavam temas relacionados a conteúdo adulto em 2018. Como resultado, registramos que 75% dos homens brasileiros receberam ou acessaram links maliciosos contra 25% das mulheres”, comentou o diretor do dfndr lab, Emilio Simoni. “Cibercriminosos estão sofisticando cada vez mais os ataques para direcioná-los a públicos específicos e, consequentemente, atrair mais vítimas para as armadilhas”, observou.