Os drones se desenvolveram muito desde seu primeiro modelo e hoje são usados tanto para fins recreativos quanto para serviços de espionagem ou do governo. Seus tamanhos acompanharam essas mudanças: variam dos que cabem na palma da mão aos capazes de transportar pessoas. Entretanto, o primeiro a não requerer peças móveis para voar é o Ionocraft.

Desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, ele é descrito por seus criadores como o menor robô de todos os tempos e tem o tamanho de um inseto. Por não usar rotores, asas ou peças semelhantes, o Ionocraft depende de propulsores de íons atmosféricos que fazem que ele se mova de forma completamente silenciosa.

Para substituir as peças móveis, o dispositivo adota um mecanismo conhecido como força eletrohidrodinâmica, enquanto a geração de íons usa a descarga de corona. Isso significa que, ao colocar a mão abaixo do eletrodo inferior do equipamento, é possível sentir a mesma sensação de um fluxo de ar produzido por uma hélice em movimento.

Daniel Drew, pós-doutorado pelo departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Stanford, disse em entrevista ao Digital Trends que, por adotarem um sistema de propulsão simples, esses drones são fáceis de fabricar. Além disso, ele aponta que o fato de não emitirem ruídos os torna úteis em tarefas de vigilância.