Dois primos distantes que moram no Reino Unido conseguiram “enganar” o sistema de reconhecimento facial do iPhone X de maneira que ele achava que os dois eram a mesma pessoa. Com isso, o sistema permitia que qualquer um dos dois usasse o rosto para destravar o celular do outro – algo que não deveria ser possível.
O caso foi reportado pelo Cult of Mac, com o qual os primos entraram em contato por e-mail. Os dois são primos de terceiro grau, o que significa que eles têm ao menos um tataravô em comum. No entanto, as feições dos dois são consideravelmente diferentes, e não seria de se esperar que um deles conseguisse destravar o celular do outro. Mas o vídeo abaixo mostra-os fazendo justamente isso:
Nesse caso, o problema parece ser com o treinamento da inteligência artificial da Face ID. Quando o sistema não consegue destravar o celular com base no rosto, ele pede que o usuário insira sua senha. Mas, ao que parece, quando o usuário insere a senha, o sistema supõe que a pessoa que destravou o celular é o dono dele. Com isso, ela inclui os dados do rosto daquela pessoa em sua base de dados. E então, da próxima vez que ela tenta destravar o celular com seu rosto, ela consegue.
A Apple alega que a chance de o Face ID se enganar é de “uma em um milhão”. No entanto, desde que o iPhone X foi lançado, o sistema já se mostrou ineficaz para uma série de casos. Gêmeos idênticos já conseguiram enganar o Face ID, o que fez com que um deles fosse capaz de acessar o celular do outro, e o sistema também já mostrou dificuldade de distinguir entre o rosto de uma mãe e seu filho de dez anos.
Segundo o Cult of Mac, alguns usuários que viram seus celulares serem enganados por outros rostos disseram que o problema pode ser resolvido reconfigurando o Face ID em condições de luz mais favoráveis (ou seja, em um ambiente mais iluminado). A Apple recomenda que os usuários que se sintam inseguros de usar esse tipo de recurso para destravar seus aparelhos optem por usar uma senha.