Os passageiros que embarcarem ou desembarcarem em aeroportos dos EUA não precisarão mais tirar líquidos, dispositivos eletrônicos e outros itens de suas bagagens de mão. Agora, os pontos de controle de segurança nesses locais contarão com a tecnologia de Tomografia Computadorizada (CT), que substitui a prática de ter que tirar tudo da mochila.

O contrato de US$ 96,8 milhões entre a TSA (Transportation Security Administration, órgão que cuida da segurança dos aeroportos dos EUA) e a Smiths Detection, Inc., fabricante da tecnologia, foi assinado no dia 28 de março. Serão adquiridas, a pedido do presidente Donald Trump, 300 máquinas de CT, que serão implementadas entre junho de 2019 e 2020.

A agência testou a nova tecnologia em mais de dez de aeroportos desde 2017 — junto a protocolos mais restritivos, que permitem que os passageiros deixem itens como laptops e produtos de higiene dentro de suas bagagens. O sucesso da Tomografia Computadorizada deve-se pelo fato de criar imagens tridimensionais do conteúdo das bolsas e, eventualmente, detectar itens proibidos pela TSA automaticamente. “Não é um pouco melhor, é muito melhor”, disse David Pekoske, disse o administrador da agência.

A expectativa é substituir atuais máquinas de raios X (pouco mais de 2 mil unidades) pelo novo equipamento nos próximos oito anos. O contrato de cinco anos foi concedido à Smiths Detection, sediada em Edgewood, Maryland, mas a próxima fase da aquisição pode incluir vários fornecedores, segundo David.

Embora o programa piloto da CT não mostre tempos de espera reduzidos nos aeroportos participantes, a TSA espera que a novidade acelere os processos à medida que passageiros e funcionários se acostumem. Pekoske prevê a necessidade de mais trabalhadores inicialmente, para atender à demanda da transição e suas consequentes mudanças.