Baixe o aplicativo e faça seu cadastro usando um cartão de crédito. Essa está se transformando numa das maneiras mais comuns de ter acesso a serviços e produtos. Este carro elétrico, por exemplo. Ele é compartilhado e, de novo, é só baixar o aplicativo, registrar seu cartão de crédito, preencher um cadastro online e pronto. No próprio app, ao encontrar o veículo mais próximo através de geolocalização, com um simples toque na tela você destrava as portas e o carro é seu – enquanto você estiver pagando por ele, é claro! No final, você estaciona, usa o app novamente para finalizar a corrida e pronto. Tudo sem os gastos que envolvem possuir um automóvel: gasolina, manutenção, impostos… E tudo sem burocracia das empresas que alugam carros.
Outro exemplo: 20 mil dessas bikes foram espalhadas por bairros da cidade de São Paulo. O aluguel custa 1 real por 15 minutos de uso. De novo: tudo através de um aplicativo e uma boa dose de tecnologia aplicada. No app, o usuário encontra as bikes por geolocalização e usa a câmera do smartphone ler o código e destravar o cadeado. Pronto, a partir daquele momento, a bike amarela é sua. As bicicletas possuem conexão 3G para se comunicar com a rede celular. No final da pedalada, o usuário trava a bike novamente, e aí o GPS do seu telefone é usado para marcar a posição daquela magrela para o próximo usuário.
Outra novidade que ganhou as ruas são esses motoboys controlados também por aplicativos. Pedir um serviço de entrega ou retirada através de um app, no melhor estilo Uber de ser, já não é mais novidade. Mas já pensou ter um motoqueiro à sua disposição, 24 horas por dia, 7 dias por semana? Essa é a sacada! Com um plano de assinatura anual, é possível usar o serviço quantas vezes você desejar por um preço fixo. E além de entregas e retiradas, uma vez que o aplicativo é conectado com diversos outros estabelecimentos, você pode pedir praticamente tudo o que quiser – não importa a distância: um lanche, seu almoço, a entrega de um pacote; mas pode pedir também para o motoboy ir à feira, comprar remédio… o que você quiser. Tudo através de um simples aplicativo móvel com tecnologias de integração, rastreamento e pagamento seguro.
Mas os exemplos de como a tecnologia transformou o verbo TER em ALUGAR não se limitam a objetos. Aliás, é bom lembrar que a tendência surgiu no mundo do software. Antes, o mais comum era comprar licenças, agora, cada vez mais, o modelo é pagar pelo uso, com assinaturas. Começamos alugando ou fazendo planos de assinatura de espaço para armazenar nossa vida digital: no e-mail ou serviços de nuvem. Em um segundo passo, deixamos de alugar filmes e baixar músicas também – entrou tudo no pacote de assinatura mensal ou até anual dos serviços de streaming. Agora, o modelo se espalhou para todos os lados.
Para confirmar essa tendência, que tal alugar espaços de trabalho e pagar por funcionário ou, como eles dizem, por cadeira? Essa empresa nasceu como uma start up em Nova York e hoje já vale mais de 20 bilhões de dólares! Eles já têm oito escritórios apenas em São Paulo e mais de 280 espalhados pelo mundo. Por meio desse serviço, o empresário não precisa mais se preocupar com aluguel de escritório, serviços de limpeza, segurança, café… tudo está incluído no pacote.
Além da flexibilidade, a ideia aqui é misturar, em um mesmo prédio, diversos tipos de profissionais. Dependendo do negócio, a possibilidade de networking, de fazer novos negócios sem sair do seu espaço de trabalho, pode ser um diferencial.
Na visão de muita gente, a indústria dos automóveis deve ser uma das mais afetadas por essa tendência. Os mais radicais acreditam que, no futuro, ninguém terá carro próprio, e que o modelo já praticado pelos carros elétricos do começo dessa matéria se espalhará para todo mundo. Será? Os caminhos dessa evolução você acompanha aqui, no Olhar Digital.